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Duas Abreviaturas - Intrepretação errada!
Por: Mattusstyle em 02.12.2019 às 09:13
Em certa ocasião, uma família inglesa, foi passar férias à Alemanha. No decorrer de um dos habituais passeios, os membros da referida família, repararam numa pequena casa de campo, que
lhes pareceu muito adaptada para passarem as férias de verão. Informados de quem fosse o proprietário e vindo a saber que se tratava de um pastor protestante, pediram-lhe que lhes
mostrasse a propriedade. A casa, tanto pela sua comodidade, como pela ótima situação, agradou aos visitantes ingleses, os quais fizeram um acordo de lhes alugar para a próxima estação.
Regressados a Inglaterra, discutiram muito acerca da planta da casa quando, de repente, falando sobre a utilização das diversas divisões, a senhora se lembrou de não ter visto o WC.
Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveram imediatamente para obter pormenores, tendo a carta sido formulada desta maneira:
Gentil pastor!
Sou um membro da família que há pouco tempo o visitou com o fim de alugar a sua propriedade no próximo verão e, visto todos nós termos esquecido um detalhe, muito agradecíamos que nos
informasse onde se encontra o WC.
O pastor, não compreendendo o significado das abreviaturas WC e julgando tratar-se da seita inglesa White Chapel, respondeu nos seguintes termos:
Gentil Senhora!
Recebi a sua carta e tenho o prazer de a informar que o local a que se refere fica a 12 quilómetros da casa. Isto é muito cómodo, sobretudo se tem o hábito de ir lá frequentemente.
Neste caso, é preferível levar de comer, para lá ficar todo o dia. Alguns vão a pé, outros de bicicleta. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 de pé. O ar é condicionado para evitar
os inconvenientes da aglomeração. Os assentos são de veludo e recomenda-se que se chegue cedo, para apanhar lugar sentado. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro. À entrada é fornecida uma folha a cada pessoa mas, se alguém chegar depois da distribuição, pode usar a folha do parceiro do lado. Tal folha deve ser restituída, para poder ser usada durante o mês. Existem amplificadores de som. Tudo o que se recolhe é para as crianças pobres da região. Fotógrafos especiais tiram fotografias para os jornais da cidade, de modo que todos possam ver as pessoas no cumprimento de tão piedoso ato.
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Bocas foleiras!
Por: Mattusstyle em 27.12.2019 às 15:12
Finais de 2019.
Dormi mal naquela noite. Acordei com um sabor esquisito na boca. Parecia que tinha comido papel de música. O dia penetrava suavemente através da janela. Olhei para o exterior e vi um
tempo taciturno de um cinzento cor do aço e chuvoso. Dias como este não animam ninguém. O meu humor já não era grande coisa e ficou pior, pois as bocas do dirigente de um dos clubes
da nossa liga que ouvira na televisão deixaram-me mal disposto.
Entro na casa de banho para fazer a higiene diária habitual e vejo o meu irmão gémeo do outro lado do espelho. Fazia todos os gestos que eu fazia. Eu com a mão direita e ele com a
esquerda e vice-versa. Que faz ele ali? – Pensei. Não gostei nada do meu reflexo. Tinha um aspeto abatido fruto da noite mal passada!
Desci para me dirigir ao café. Ao chegar à rua, esbarro numa chuva densa e miudinha. Não tinha guarda-chuva nem roupa adequada, mas não me apeteceu voltar para trás.
Coladinho aos prédios o mais que pude, lá fui. Mesmo assim molhei-me um pouco.
Tomei o café e li o jornal desportivo. Confirmei as bocas foleiras do dito cujo dirigente. Eram destaques das notícias do dia. O homem está caquético e quase senil. Prepara-se para
dirigir o seu clube amparado pelos seus colaboradores a partir de uma cadeira de rodas! Quanto a mim acho que não está em condições de tomar conta dele próprio, pois nem forças irá
ter para fazer rodar a dita cadeira de rodas, muito menos dirigir um clube e muito menos ainda sendo o clube que é! Aliás, presidente sim mas honorário.
Economicamente o seu clube
está à deriva e atravessa graves problemas financeiros. Prova evidente que ele não está em forma para gerir um clube daquelas dimensões. Está a preparar a sua sucessão e esta deve
acontecer rapidamente. Só que ele tem de entregar os comandos a alguém da sua confiança, pois não quer expor pelo menos para já a sua ruinosa gestão. Ou permanecer lá até morrer, pois
a idade não perdoa e o tempo não espera por ninguém. Quem vier que feche a porta ou abra a janela.
Tem a mania das ironias, mas estas já não têm piada nenhuma. Vomitou labaredas de fogo sobre os rivais a propósito da má prestação na Liga Milionária. Olha quem fala! Até parece que
tem alguma moral para o fazer! Logo ele que o seu clube não conseguiu entrar nessa liga, barrado por uma equipa de segunda linha da Europa de leste! E mais, teve muitas dificuldades
para se qualificar para a ronda seguinte da Liga Europa!
Tem problemas de raciocínio coitado! Deve ser da p*ta da idade. Tem de ter cuidado com a gestão dos problemas, senão ainda pode sofrer um AVC, enfarte ou outra m*rda qualquer.
Esse senhor também resolveu falar das arbitragens. Há uns tempos atrás, no seu clube não fizeram o seu trabalho e por isso os resultados não foram os que esperavam.
Quando não se ganha a culpa é sempre de alguém mas nunca deles. Por isso há que culpar os outros pelos seus insucessos. Só que estão a repetir-se demasiadas vezes. Dá a ideia que querem
repetir as vezes que forem necessárias para transformar as suas mentiras em verdades. Mas há o reverso da medalha. A história do lobo é um bom exemplo. Tantas vezes dão alarme falso de
ataque do lobo, que a certa altura estão mesmo a ser atacados mas já ninguém acredita e não são socorridos. Uma grande maioria já não valoriza o que dizem.
Há um fulano com mau aspeto que quando resolve falar nas redes sociais, só diz asneiras. Ninguém o aconselha a falar menos? Quanto mais fala mais dá nas vistas! Comprou, truncou e
divulgou correspondência roubada. Ninguém lhe disse que isso é crime? Para ele pelos vistos é coisa normal. Força do hábito! Este senhor não se dá conta que cada vez que abre a boca
é para sair m*rda ou entrar mosca? Cada vez que critica os árbitros, são autênticas labaredas de ódio lançadas para o ar!
O treinador e o seu presidente, lá vão de vez em quando para o muro das lamentações, melhor dizendo para a comunicação social falar dos supostos prejuízos verificados contra a sua equipa.
Por vezes são contestados pelos sócios e adeptos. Há que culpar terceiros e assim desviar as atenções. Táticas! Quando as coisas não lhe correm de feição até os árbitros são candidatos
ao título. Pobrinhos! Tenham paciência, já chega!
O dia não ajudava muito à boa disposição, mas depois de tomar o cafezinho senti-me melhor. Por um lado porque serviu para eu abrir de uma vez por todas a pestana e despertar totalmente
da noite mal passada e por outro lado serviu para me aquecer a alma.
Fiz um resumo deste texto mas comecei a ficar farto de estar no café. Algumas senhoras conversavam de mesa para mesa demasiado alto para o meu gosto e desconcentravam-me constantemente.
Por esta razão, resolvi voltar para casa e acabar este trabalho no computador. Já não chovia mas uma aragem fria penetrou-me nos ossos provocando-me um arrepio de cima a baixo.
A comunicação nervosa e patética de um tal M. Braga, diretor para esta área de um outro clube da segunda circular, está a voltar aos tempos de um presidente polémico e populista que por
lá passou. Acho que este MB é imaturo e irresponsável. Pensa que para mostrar serviço tem de falar dos outros clubes! O seu clube não precisa pelo menos agora de situações polémicas e
mediáticas. Já tem muita sarna para se coçar. Nenhum sócio ou simpatizante têm pachorra para estas atitudes. O clube vive uma situação demasiado conturbada e precisa de arrumar a casa
e as ideia. Dispensa estas mediatizações, pois não vêm ajudar em nada. Está a ser demasiado badalado na comunicação social e não pelos melhores motivos.
O grupo dos 15 também conhecidos por G15 estão a tentar construir pontes para um melhor entendimento no futebol português, enquanto os três chamados grandes o que melhor sabem fazer é
construir muros entre si. Vá lá saber-se porquê!
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Alterações na tua vida!
Por: Mattusstyle em 18.05.2019 às 18:36
Lê atentamente as três lições seguintes.
Lição 1
- Um corvo estava sentado num ramo a descansar…
- Um coelhinho viu o corvo, perguntou-lhe: “Também me posso sentar aí para passar o dia sem fazer nada?”
- Claro que sim - disse o corvo.
Então, o coelhinho sentou-se a descansar junto à árvore…
- De repente apareceu uma raposa! Atirou-se para cima do coelhinho e comeu-o!
MORAL DA HISTÓRIA:
Quem quiser passar o dia sem fazer nada, deve assegurar-se de estar numa posição bem alta… na vida!
Lição 2
Um peru conversava com um touro…
- Adorava subir para o cimo daquela árvore, mas não tenho força suficiente para levantar voo – disse o peru!
- Podias lamber-me o rabo, porque o meu estrume tem muitas vitaminas – disse o touro.
Então o peru começou a lamber o rabo do touro, notando que agora começava a ter forças para alcançar o primeiro ramo.
No dia seguinte, depois de ter lambido o rabo do touro, conseguiu alcançar o segundo ramo.
Depois de duas semanas a lamber o rabo do touro, conseguiu finalmente chegar à copa da árvore.
Uns dias depois, um lavrador que o viu empoleirado na árvore, agarrou na espingarda e pregou-lhe um tiro no papo.
MORAL DA HISTÓRIA:
Lamber o cú de alguém pode levar-te ao topo, mas normalmente não por muito tempo, porque engraxar ou lamber as botas cansa o que é engraxado.
Lição 3
Um passarinho voava na direção sul para fugir ao frio do inverno. Mas o frio apertava e o passarinho perdeu forças e caiu gelado num prado.
Enquanto o passarinho ali estava, apareceu uma vaca que largou-lhe uma bosta em cima. Enquanto o passarinho estava debaixo da bosta, notou que esta o aquecia e começou a descongelar.
Logo que descongelou, começou a cantar de alegria.
Um gato que por ali passava, ouviu o canto admirado. Ao seguir o canto, deu com o passarinho debaixo da bosta de vaca. Arrastou-o para fora e comeu-o de uma só vez!
MPORAL DA HISTÓRIA:
1- Nem todos os que cagam para ti são teus inimigos.
2- Nem todos os que te tiram da merda são teus amigos.
3-Quando estiveres na merda, vê se te calas, porque serás sempre o último a falar e quando chegar a tua vez calas-te!
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A Propósito de alguma coisa
Por: Mattusstyle em 21.10.2019 às 9:45
Uma cabecinha tonta de olhinhos tristes como é sua caraterística, orelhas pequeninas e caídas tapando os ouvidos, sentindo a minha presença ou a sua memória prodigiosa reconheceu o
trabalhar do motor do carro, espreitava por entre os fios da chuva que escorria pela vidraça da porta da sala, enquanto eu tentava um estacionamento nas traseiras do prédio. Não
gostava de ficar sozinho e estava ansioso que eu entrasse casa dentro e brincasse um pouco com ele. Era o Zullu, o meu cãozinho Shar Pei.
O tempo estava demasiado cinzento e chovia incessantemente. Uma bátega abundante caía impiedosamente do céu, inundando tudo à volta. A rua parecia um rio. As sargetas estavam
completamente entupidas com folhas devido à falta de limpeza que devia ter sido feita enquanto não acontecem estes temporais!
Eu nem tinha guarda-chuva e não sabia se havia de enfrentar aquela carga de água, ou esperar que passasse. Estava para durar e não tive outro remédio. No pequeno percurso até
à entrada do edifício, encharquei-me até aos ossos. Tive de mudar toda a roupa e os sapatos. É a vida!
Isto aconteceu há bastante tempo atrás.
É sabido que o meu cãozinho partiu numa viagem sem regresso, morreu.
Não é a primeira vez que escrevo algo sobre o meu amigo de quatro patas. Ele viveu todos os dias dos anos da sua existência fazendo-me companhia e era o meu confidente nas horas
boas e más.
Quando conversava com ele, levantava o focinho e ficava longos segundos naquela posição fitando os meus olhos, escutando com atenção o que lhe estava a dizer, parecendo entender
o meu estado de espírito.
Numa conversa de café, alguém estranhava o porquê de tanta treta por causa de um cão. O Zullu não era um cão qualquer. Era o meu cão! Isto faz a diferença. Ser ou não ser o meu.
O resto é tudo igual. Cada um acha que o seu é o melhor e só lhe falta falar. É o que todos dizem.
Os nossos amigos merecem o maior respeito e carinho, sejam eles cães, gatos, papagaios ou pessoas. Escrever algo a elogiar, homenagear ou simplesmente recordar esses amigos, nunca
será perda de tempo. Antes pelo contrário, é quase um dever. Dedicar prosas, poemas ou cânticos, é o mínimo que posso fazer pelo meu cão, que me deu amor, amizade, companheirismo e
compreensão sem pedir nada em troca.
A conversa de café foi a propósito de um poema que dediquei ao Zullu.
Quando pensei que nessa conversa iria ouvir um comentário relacionado com a construção literária do poema, sobre os temas das estrofes ou do encaixamento dos versos, não, não foi
isso que aconteceu!
Há gente que pensa que o amor dedicado a um animal se esgota e não chega para as pessoas. Não é verdade. O amor quando verdadeiro, chega para todos. O que seria daqueles pais com
muitos filhos se o seu amor se esgotasse apenas em um deles!
Dizem os entendidos, que qualquer criança que convive com cães será melhor criança e mais tarde melhor adulto.
Por agora é isto. Depois se verá.
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À Luanda que onheci. - Luanda tem.
Por: Mattusstyle em 09.06.2019 às 19:33
Luanda tem…
Tem o Sol que nos aquece
E que o coração estremece
Quando sente o seu calor
Tem ocaso de magia
Quando acaba mais um dia
De trabalho e de suor
Luanda tem…
Tem a Lua feiticeira
Que encanta à sua maneira
Nas vielas da Sanzala
Com um luar sempre etéreo
Que nos enche de mistério
Quando a noite nos embala
Luanda tem…
Tem estrelas encantadas
Que em noites bem fadadas
Brilham como diamantes
E nos fazem sentir então
A ternura e emoção
De encontro de amantes
Luanda tem…
Tem o mar… azul profundo
Grande tesouro do mundo
Onde Neptuno se encosta
E a sua Ilha tão bela
Mais parece uma aguarela
Que Deus guarda como amostra
Luanda tem…
Tem a Kianda brejeira
Que bem à sua maneira
Milongo nos põe na alma
Tem o som lindo do quissanje
Que mesmo ouvido de longe
Nos enleva e nos acalma
Luanda tem…
Tem Marginal deslumbrante
Com ondulado de serpente
E feitiço tão profundo
Que cativa e faz vibrar
A paixão que anda no ar
Por este lugar do mundo
Luanda tem…
Tem som quente de rebita
Tem a cor alegre da chita
Com que se faz o kimono
Tem a Saudade com ela
Que cintila como estrela
E me tem tirado o sono…
Luanda tem….
Letinha – 02.05.2007
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Ó Mãe! - Devaneios - A minha Poesia
Por: Mattusstyle em 03.07.2019 às 19:33
Mãe, não te preocupes,
O meu curso vai andando,
Estou bem no meu cansaço,
Estou vivinho por acabar
Para poder ir trabalhar
E descansar,
Uns minutos no teu regaço.
Mãe, gosto muito de te ouvir
E principalmente de sentir
Como se um afago fizesses
O amor não tem medida,
Irei ser alguém na vida
Para te dar o que mereces.
Mãe, diz ao pai que não me esqueço,
Por tudo que já fez por mim.
Acho que ainda mereço,
Mesmo assim lhe agradeço
Por tudo aquilo que peço
Do princípio até ao fim.
Mãe, mas de todo o coração,
Desculpa qualquer coisinha,
Quando encontro as noites
E chego de manhãzinha,
E sinto aquela pontinha
Da tua preocupação.
2010
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Como é difícil a ida de um empregado!
Por: Mattusstyle em 21.08.2019 às 19:33
Se chega a horas… é maníaco;
Se se atrasa… é um irresponsável;
Se é jovial… não leva nada a sério;
Se se mostra reservado… tem a mania que é bom;
Se se preocupa com o trabalho… é um chato;
Se não se preocupa… é desleixado;
Se faz um elogio… é um escova;
Se faz uma crítica… é um sacana;
Se fica depois da hora… faz-se à promoção;
Se sai à hora… está nas tintas para o serviço;
Se faz horas extras… faz tudo por uns tostões;
Se não faz… é um mau profissional;
Se insiste num ponto de vista… além de burro é teimoso;
Se não insiste no seu ponto de vista… não tem carater;
Se é o mais velho da secção… é um fóssil pré-histórico;
Se é o mais novo da secção… não passa de um puto;
Se é promovido… é um bufo do chefe;
Se não é promovido… é um incompetente;
Se luta pelos seus direitos… é um agitador anarquista;
Se não luta pelos seus direitos… é um reacionário;
Se faz greve… é comunista;
Se não faz greve… é fascista;
Se tenta ajudar… tem a mania que só ele é que sabe;
Se não tenta ajudar… tem medo que se apoderem dos seus conhecimentos;
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O Esquecimento
Por: Mattusstyle em 04.10.2019 às 19:33
Vírus no computador do cérebro humano – Alzheimer.
Bloqueio no processador e memória ram – Esquecimento.
Este vírus começa por aniquilar a memória e, aos poucos vai dominando as restantes funções mentais, atacando todos os periféricos, até determinar a completa ausência de autonomia.
É assim a doença de Alzheimer, que em Portugal e no mundo afeta milhares de pessoas.
As causas desta doença do cérebro que ataca o processador central, ainda não estão completamente descobertas. O que está claro, é que está associada ao envelhecimento da população e
tem maior incidência nos países mais industrializados onde a esperança de vida se vai prolongando. Pode afetar pessoas mais jovens, mas a prevalência da doença acontece nas pessoas
com mais idade. A doença manifesta-se na maioria dos casos em forma de demência e foi descrita no início do século XX pelo psiquiatra Alois Alzheimer. Daí o nome. Vai-se instalando
de uma forma lenta, progressiva e irreversível, atacando diversas funções mentais, sendo a primeira a memória mas também outras funções sensoriais e motoras. Resumindo, os doentes
perdem autonomia, não conseguem realizar tarefas e deixam de reconhecer os rostos dos seus familiares.
Revelam alterações do comportamento caindo mesmo em depressão. É principalmente um problema grave para os seus familiares, pois sentem-se impotentes para ajudar, perante o avanço da
doença. Pensa-se que as causas devem ser de origem genética, vírica ou ambiental.
Atenção aos sinais.
A maioria das vezes, a doença só se descobre após muitos anos com problemas de memória que apaga todos os ficheiros das suas recordações. É esta memória que anuncia a probabilidade
da pessoa ter Alzheimer: Esquecimento de coisas recentes e nomes, do caminho para casa, desinteresse pelo trabalho, atividades do dia-a-dia ou passatempos, são os sintomas mais
frequentes. No princípio são ligeiros mas vão-se acentuando cada vez mais. Chega a um ponto de não saber para que serve a comida. A certa altura a situação torna-se dramática.
Quando necessita de ser acamado, o fim está mais próximo que nunca. É o adeus.
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O Basquetebol e eu
Por: Mattusstyle em 15.09.2019 às 19:33
O basquetebol entrou na minha vida sem pedir licença. Entrou tarde e a más horas. Digo isto porque tinha acabado de deixar para trás a idade júnior e entrado na sénior. Tive por isso
pouco tempo de progressão e quando começava a engrenar, tive de dar lugar aos mais novos, muito mais talentosos que eu. É a vida! Mas o bichinho e o gosto pela modalidade perdura até
aos dias de hoje.
A claque do Vila era ruidosa e entusiasta. Ouvia-se uns quantos quarteirões em redor do ringue dos jogos. Eu morava perto. A curiosidade e aquele entusiasmo começou a contagiar-me.
Não resisti.
O Sport Clube Vila Clotilde era e ainda é, um clube sediado no bairro com o mesmo nome da cidade de Luanda. Clube muito popular e carismático, que arrastava multidões para os seus
jogos.
Os juniores era uma equipa de sonho. Foram vários anos consecutivos campeões provinciais. Em quatro anos seguidos que vieram a Portugal disputar o nacional, em dois deles levaram o
título para Luanda.
Quando chegaram a seniores, eram um carrocel de luxo, assim disse um dos americanos a jogar na época numa das equipas de Luanda. O seu basquetebol era rápido, intenso e artístico!
Valia a pena ver.
Tudo isto me contagiou. De simples espetador, passei a treinar com a equipa e posteriormente fiz parte da mesma.
Não me esforcei muito para ser um bom atleta de basquetebol. Gostaria de o ter sido, mas por esta ou aquela razão não pude. Naqueles tempos tinha as minhas prioridades, e o basquetebol
não era nem a primeira nem a segunda. Trabalhava e estudava em horário pós-laboral. De vez em quando faltava aos treinos e a alguns jogos, principalmente quando tinha provas na Escola
Comercial e depois no Instituto. Trabalhar, estudar e jogar era difícil de conciliar. Mas sempre acompanhei o Vilinha.
Quanto ao trabalho, eu tinha de ter um meio para subsistir. Não podia depender economicamente de terceiros. Os meus pais tinham muitos filhos e não podiam ajudar. Mesmo que pudessem,
tinha de ter a minha independência. Tive de me fazer à vida.
Relativamente ao estudo, tinha de aprofundar os conhecimentos para ambicionar melhores empregos e melhor remunerados. Aliar a prática à teoria, foi sempre o meu lema. E digo nesta ordem,
porque comecei primeiro a trabalhar que a estudar. Alguém disse e muito bem, que concordo planamente: “Prática sem teoria é utopia e teoria sem prática é cegueira”. Tive de tentar não ser
utópico nem cego. Por estas e por outras, o basquetebol surgiu em minha vida no tempo errado.
Esta modalidade passou a ser o meu desporto favorito.
E foi assim.
PS: Tenho a obrigação de homenagear aqui o jogador/treinador Fernando Simões, um entusiasta que foi do basquetebol. A ele devo e deve a modalidade muito, muito mesmo. Muitas crianças,
mais tarde grandes atletas, começaram com ele. No dito Vilinha, desenvolveu um trabalho extraordinário, que nunca é demais realçar. É quase um dever lembra-lo. Onde quer que estejas bem
hajas.
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História de Natal
Por: Mattusstyle em 20.12.2019 às 19:33
Longos meses que perfazem longos anos me separam da infância. Outros tempos, tempos idos.
Os meus primeiros oito ou dez Natais foram passados numa aldeia no interior minhoto. A tradição não mudou muito até aos dias de hoje mas mudou alguma coisa.
Desde que sou gente e a minha memória me deixa recuar, recordo que não havia ainda Pai-Natal. Este foi inventado mais tarde pela multinacional Coca-cola. É mais um milagre da
publicidade. Havia sim o Menino Jesus. Era Este que descia das chaminés para por as prendas nos sapatinhos das crianças. Estas crianças acreditavam piamente que as coisas aconteciam
mesmo assim. Santa inocência!
Na tradição mais antiga, a árvore de Natal também não fazia parte dos rituais natalícios, mas sim o presépio. O presépio e as figuras que lá colocavam simbolizavam as condições em
que Jesus nasceu. Hoje em dia estes símbolos estão a desaparecer da maioria dos lares. Mas ainda há quem respeite estas tradições ancestrais.
Antigamente como hoje, e falando da minha região, há natais diferentes, conforme as condições sociais. Tanto o Menino Jesus como o Pai-Natal, sempre enfermaram do mesmo problema.
São mais generosos com quem mais tem do que com aqueles que mais precisam. Vá-se lá entender a vida! Acho que podiam e deviam aproximar muito mais a fantasia da realidade!
Apesar das desigualdades gritantes, há gente solidária que vem compensar as injustiças divinas e pagãs, encurtando algumas desigualdades.
Os filhos da gente abastada, vinham para a rua exibir as suas prendas natalícias: Brinquedos, roupas e calçado, caros. As crianças pobres não entendiam os critérios do Menino-Jesus.
Achavam que Este era injusto. Se cada adulto se colocar na mente dessas crianças, temos de concordar que a injustiça acontecia.
Mais tarde talvez a partir da década de sessenta em Angola, na zona mais tropical de África, o Menino-Jesus e o Pai-Natal vestiam calções e andavam de tronco nu. O calor naquelas
paragens ditavam estas regras.
Nos jantares naquela quadra cumpria-se a tradição europeia. Mas o almoço no dia seguinte diferenciava-se em alguns pormenores. A terra era grande e “obrigava” as pessoas a pensarem
em grande também. Consigo recordar que em alguns não muitos Natais, se juntavam várias famílias que chegavam a conter entre cinquenta a sessenta pessoas e na mesa gigante apareciam
veados e leitões, assados inteiros nos fornos de uma pastelaria vizinha. Alguém se encarregava de na véspera ir à caça.
Boas entradas em 2020 e que este seja melhor que o 2019.
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Cores de Natal
Por: Mattusstyle em 17.12.2019 às 19:33
Ano de 2019. Dezembro 17. O dia amanheceu enxuto nesta Terça-feira de manhã.
São dez horas e o sol brilha. Tímido como qualquer sol de Inverno mas agradável. A temperatura do ar baixou ligeiramente em relação ao dia anterior e uma aragem fria e desagradável
penetra nos ossos já por si queixosos. Não me posso esquecer que não estou em África. Naquelas paragens onde o sol castiga mais, o Menino Jesus e o Pai Natal andam de calções e em
tronco nu!
Estou no café a alinhavar as linhas deste texto. Lembrei-me da conversa que tive com o meu filho onde este me perguntou o que gostaria de receber como prenda natalícia. Sugeri livros.
Por esta altura são publicadas obras interessantes. Por mais que pensasse, não consegui lembrar-me de algo que pudessem oferecer-me nesse dia! Por isso lembrei-me de livros. Até pode
ser que apareça uma história que ainda não tenha sido contada!
Gosto de todas as cores mas mais um pouco do vermelho. Os avermelhados enchem-me mias a alma que qualquer outra.
Tenho amigos de todos os clubes. Quando conversamos evitamos falar das nossas paixões clubistas para que os confrontos verbais não aconteçam, pois acho que a amizade é mais importante
que as discussões que possam haver por causa da clubite.
Os jogadores só são adversários dentro do campo mas não inimigos. Fora dele são amigos e convivem saudavelmente. Nós adeptos temos de fazer o mesmo. Não temos necessidade de ser parvos!
De vez em quando dou por mim a pensar nestas coisas.
As atitudes exacerbadas relacionadas com este tema são muitas vezes patologias muito próximas do fanatismo. Concordo que deve haver rivalidade mas sempre saudável.
Estou a lembrar-me de um notícia dos tempos do Bruno de Carvalho quando presidente do Sporting. Obrigou um jogador a mudar a cor do carro, só por que era vermelho! Atitudes como esta
são doenças graves.
No jogo com o Porto, o treinador do Belenenses levou um soco. Em nome da paz que a quadra natalícia exige, todos os intervenientes se remeteram ao silêncio. Compreende-se, é preciso
haver tolerância, pelo menos agora.
Um santo e bom Natal para todos, carregadinho de paz, amor e dinheiro, e um Novo Ano cheio de boas realizações.
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Confusão e Demografia
Por: Mattusstyle em 09.04.2019 às 19:33
É sabido que a população portuguesa está muito envelhecida e Portugal atravessa uma crise muito grande de natalidade. Para isto contribui o demasiado baixo nível de vida.
Por esta razão, o governo aprovou uma lei que obriga os casais a terem determinado número de filhos. Esta lei permite uma tolerância máxima de cinco anos sem ter filhos. O governo ao
fim desse tempo destacará um agente seu representante para ajudar o casal.
O seguinte diálogo aconteceu com um casal:
- Querido, hoje completamos cinco anos de casados.
- E infelizmente ainda não tivemos filhos!
- Será que elas vão mandar o tal agente?
- Eu não sei.
- E se ele vier?
- Bom, eu cá lavo as minhas mãos, não se pode dizer que não tentamos, mas já estou atrasado para o trabalho. Até logo.
Logo após a saída do marido, batem à porta. A mulher abre e encontra um homem na sua frente. Era o fotógrafo que se enganou no endereço.
Tiveram o seguinte diálogo:
F – Bom dia, eu sou…
M – Pode entrar. Eu já sei…
F – Seu marido está?
M – Não, foi trabalhar.
F – Presumo que ele está a par…
M – Está sim e concorda.
F – Sim madama, então vamos começar.
M – Já? Assim tão rápido?
F – Sim, tenho de visitar ainda mais dois casais hoje.
M – Puxa… não é demais? O senhor aguenta?
F – Claro que sim, mas é por gosto. Isto também não me ocupa o dia todo.
M – Então como faremos?
F – Permite-me sugerir? Uma no quarto, duas no tapete, três no sofá, uma no corredor e a última na banheira.
M – Nossa Senhora! Não será muito?
F – Nem o melhor artista na minha profissão se satisfaz na primeira tentativa.
M – O senhor já visitou alguma casa deste bairro?
F – Não, mas tenho umas amostras de dois trabalhos anteriores. Mostra-lhe as fotografias de bebés.
M – O senhor é que os fez?
F – Sim. Veja este aqui… foi feito à porta de um supermercado.
M – Nossa Senhora! Não lhe parece um tanto público?
F – A mãe era artista de cinema e queria um pouco de publicidade.
M – Eu não teria coragem para tal!
F – Olhe esta foi em cima de um autocarro.
M – Que horror!
F – Foi um dos serviços mais duros que fiz.
M – Imagino.
F – E esta que aqui tenho, foi feita num parque de diversões em pleno inverno.
M – Credo, como é que pode?
F – Bem, não foi fácil. Como não bastasse a neve que caía, havia uma multidão a rodear-nos. Se não fosse a polícia para afastar a multidão, nunca teria conseguido acabar. Já agora, a senhora ajuda-me a montar o meu aparelho no tripé?
M – Como?
F – Sim, é preciso pois ele é grande! Quando pronto mede maios de um metro!
A mulher coitadinha! Desmaiou!
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Varandas com vista para o Estádio do Sporting
Por: Mattusstyle em 24.10.2019 às 15:38
Em 24.10.2010 às 15H38
Tarde cor de cinza chumbo de Quinta-feira. Não chove nem deixa chover, embora os aguaceiros estivessem prometidos.
Acabo de tomar o café do costume, pois já me doíam as pernas, sinal de quando este me está a fazer falta. Também passei o olho no jornal diário. Não, não me sentei em cima dele,
li-o mesmo! Para este efeito, foi pouco mais que descer o prédio. É pertíssimo.
Quase todos os articulistas falavam do Varandas. Ocorreu-me pensar na analogia do nome com as varandas que muito jeito dão nas casas e apartamentos. Daí o título deste texto.
Em tudo quanto é comunicação social, o Sporting está na moda infelizmente não por bons motivos. Todos falam sobre este clube. De todos o que menos fala é o seu presidente, Frederico
Varandas. Não fala mas tomou uma medida acertada quanto a mim. Retirou o apoio às claques violentas. Foi pioneiro neste tipo de ações.
Não só as do Sporting mas a maioria das claques são bandos de hooligans nazis e ultranacionalistas. Autenticas alcateias de lobos malvados. O clube andou refém das suas dúbias vontades
de eleger e destituir presidentes em assembleias ruidosas e manipuladas.
O governo tem muita culpa no que se está a passar. Não pode nem deve deixar o Sporting sozinho nesta luta. O Secretário de estado João Paulo Rebelo é um jovem imaturo parecendo não saber
os terrenos que pisa. É impensável que tenha feito aprovar uma lei anticonstitucional para combater a violência no desporto! É mais uma que não vai ter execução prática. O estado na
maioria dos casos demite-se das suas funções. Um grupo de amigos que queira ver um jogo de futebol ou de outra modalidade qualquer, não são obrigados a formalizar uma associação!
Está bem, o Varandas não sabe comunicar, despediu e contratou muitos treinadores num pequeno espaço de tempo, não sabe gerir e não apresenta resultados positivos em nada, mas tudo isto
não dá o direito à violência. Há outras formas de tentar resolver os problemas. Agora uma coisa é certa, qualquer sportinguista e não só, têm direito à indignação, pois começam a ficar
fartos.
O Silas teve enorme coragem ao aceitar treinar o Sporting numa fase desta de grandes tempestades. Oxalá tenha sucesso nesta penosa tarefa.
O Varandas tem muitos tiques e vícios do anterior presidente, Bruno de Carvalho. Não é por acaso que trabalharam juntos na mesma Direção. Recebeu o clube completamente em cacos é uma
verdade, mas após a tomada de posse, umas das primeiras palavras foram para dizer mal do vizinho da segunda circular. Tinha uma casa completamente desarrumada para por em ordem, e foi
preocupar-se com a casa do vizinho. Haja paciência!
Isto das claques não é de agora. O que mais se vê nesses grupos organizados de adeptos, é delinquência, droga, ataques e ameaças a árbitros, violência, destruição e roubo nas áreas de
serviço (mais especializadas as do Porto). São autênticos grupos de pressão e de negócios ilícitos! Em suma, crime organizado.
Acham-se donos dos clubes por culpa de alguns presidentes que os utilizaram para fazerem o trabalho sujo.
Compreende-se a revolta. Foram-lhe retirados privilégios e negócios que eram para a maioria deles única forma de vida.
Que bom seria se não fosse preciso ver adeptos em gaiolas, sem escolta policial, sem cânticos insultuosos e racistas, mas sim a festejarem todos juntos o futebol que é um desporto
maravilhoso e quase único.
A Liga aplica a lei da rolha para se manter à tona sem fazer grandes ondas. Nada faz nem sai de cima. Não age e não fala. O que melhor sabe fazer é aplicar multas aos clubes.
O Bruno de Carvalho escudava-se atrás das claques, das quais veio a ser vítima. Ironias do destino.
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Covid 19
Por: Mattusstyle em 22.09.2019 às 11:05
Isto que está a acontecer no mundo e particularmente a nós portugueses é demasiado mau. Apesar de tudo, temos de tirar algumas ilações positivas do que está a acontecer. Estamos mais
unidos que nunca numa causa comum. Um por todos e todos por um. Mas também no desporto, principalmente no futebol. Deixar tudo mesmo o que é importante para se alienarem com o futebol,
na maior parte das vezes vivido da pior maneira, acontece muito e não devia acontecer!
Pelo menos durante algum tempo, não temos de ouvir aqueles painéis de comentadores desportivos, alguns demasiado maus para o meu gosto, descarregando diarreias verbais, destilando ódio
e intoxicando os telespectadores!
Livrai-nos Deus!
Assim, conseguimos recuperar alguma da nossa sanidade mental.
Temos de conviver com esta desgraça nacional mas ao mesmo tempo assistimos todos os dias a atos de solidariedade de uns para com os outros. Sobram estas atitudes bonitas para sensibilizar
as pessoas, avisando que a vida não gira apenas à volta do futebol. Pensem nisto.
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Verdade ou Mentira?
Por: Mattusstyle em 06.03.2019 às 18:32
Já lá vão uns meses desde o jogo do Porto com o Famalicão no estádio do Dragão. Está quase a acontecer o jogo da segunda volta. Nesse jogo da primeira volta, dois dos três golos do FCP
foram ofertas da defesa da equipa minhota! Um deles foi o Lionn. Por sinal este jogador é o mesmo que um dia colaborou com alguém para dizer que o Benfica através do Boaventura o tentou
subornar para perder um jogo. Salvo erro nessa altura jogava no Rio Ave.
Verdade ou mentira? Esta pergunta é pertinente, pois cheirou-me a arranjinho e a esturro!
Depois destas ofertas, autênticos passes para golo, levou-me a pensar que naquela altura foi pago para dizer o que disse. Mais, os que pagaram naquele tempo, foram possivelmente os mesmos
que pagaram agora. Desbloqueou o marcador de um jogo difícil. Claro que teve um preço! Nada é à borla!
O Lion devia saber aquela história do passarinho. Quando se está na m*rda, o melhor é estar calado, pois será sempre o elo mais fraco. Não chamaria a atenção para outras coisas menos boas.
As pessoas tendem a ligar estes casos polémicos uns aos outros. Se estivesse caladinho, estas ofertas de golos passariam despercebidos. Mais depressa do que se possa pensar, as pessoas
a quem se prestam estes favores, deixam estes fulaninhos entregues a si próprios, melhor dizendo entregues à sua sorte, se as coisas correrem para o torto.
Jogadores como o Lion, são usados nas guerras comunicacionais e depois deitados fora. A corda rebenta sempre para o lado mais fraco. O Catão e outros já foram usados nessas guerrilhas.
Este mesmo Catão está envolvido nas ameaças feitas aos árbitros do jogo que o Porto empatou com o Ria Ave no Dragão este fim-de-semana. Coincidências…
Que chatice! Elementos dos
Superdragões incluindo o “Macaco”, chefe dos mesmos, foram vistos a rondar a casa onde vive o árbitro que este no VAR naquele jogo. Foi chamada a polícia ao local. O que foram lá fazer?
Ameaçar é a resposta. É o futebol que temos! Paciência.
Não sei se o Lion ainda joga no Famalicão. Mas se joga cuidado, pois quem lhe pagou vai tentar pagar agora. Como ficou com o rabo preso, poderão tentar.
É só.
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Usos, Costumes e Tradições
Por: Mattusstyle em 02.02.2019 às 13:51
Os usos, costumes e tradições, passam de geração em geração por via oral ou escrita, mas principalmente pela voz do povo.
Como alguém disse muito a propósito, as tradições representam a alma dum povo. Imprimem identidade e carácter, e constitui o orgulho de qualquer comunidade.
Poder-se-á dizer que as tradições alimentam o imaginário da população.
Ouve-se amiúde dizer que a tradição já não é o que era. E na realidade não é, pois muitas delas perderam o significado. Muitas outras vão pelo mesmo caminho. A voragem do tempo não
perdoa, embora algumas vão conseguindo resistir às mudanças operadas na sociedade. Pelo menos respeitam a memória duma geração.
Devemos preservar os nossos indícios históricos. É uma questão cultural, de identidade e de turismo.
A MATANÇA DO PORCO!...
Que me lembre, tinha mais ou menos sete ou oito anos quando tive a primeira experiência com a matança do porco. Em negócio ocasional ou na feira, os meus pais compravam um leitão para
criar. Seria todo o ano bem alimentado para crescer e engordar para na altura certa, Janeiro ou Fevereiro, estar pronto para ir à faca.
Naquele inverno, o porco estava no ponto certo. O meu pai contratou uns fulanos profissionais no assunto para procederem à matança. Naquele tempo e com aquela idade, apercebi-me da
presença daqueles senhores logo pela manhã. Curioso como era, andei sempre por perto sem os perder de vista. Uma conversa entre eles deixou-me com a pulga atrás da orelha.
Vamos matar o bicho - ouvi-os dizer.
É agora que vou ver a matarem o porco – pensei.
Não se aperceberam da minha presença, pois não deixavam crianças verem aquele espetáculo.
Não se dirigiram para o local onde estava o animal, mas para a tasca mais próxima.
Intrigado como fiquei, segui-os!
Já na tasca, pediram broa e cálices de aguardente. Continuei intrigado, pois não estava a perceber nada!
Soube a seguir que aquilo que comeram e beberam é que era “matar o bicho”! Matar o bichinho que roía nos seus estômagos. Era a sua primeira refeição da manhã. Não usavam o vocabulário
"pequeno-almoço". A passo lento, dirigiram-se para o local do trabalho para o qual tinha sido contratados.
Meio escondido, assisti agora sim, à verdadeira matança. Fiquei horrorizado com os estertores do porco lutando contra a morte, mas não arredei pé. Jorrou muito sangue em catadupa para
um enorme alguidar, depois o bicho ficou inerte. Alguém agitava com frenesim o sangue para não coalhar. Com tochas de colmo (palha seca de centeio) queimaram-no e rasparam-no.
Das suas entranhas, fizeram enchidos e das pás e pernas presuntos.
As carnes salgadas e conservadas iriam fazer parte do consumo alimentar da família durante o ano.
Foi um acontecimento na aldeia. Veio muita gente ajudar.
A minha mãe fazia com mestria os diversos enchidos. Misturava as várias carnes com os temperos, deixando-os marinar durante algum tempo. Fazia umas farinheiras especiais e umas alheiras
deliciosas. Naquela altura, o fumeiro estava cheio de variados enchidos. Passado algum tempo, viam-se os presuntos pendurados a secar. Grandes talhas de barro, cheias de salpicões
mergulhados em azeite para se conservarem. Os rojões eram conservados em banha solidificada, em grandes recipientes.
E foi assim a minha prematura experiência com a matança do porco.