Corpo e Mente!
  Por: Mattusstyle em 29.08.2021 às 13:26

O “Velho Sábio”, figura abstrata, representativa da sabedoria e do conhecimento humano e da vida em geral, dizia: Refletir e pensar...
Ele queria dizer que cada um de nós deve confrontar-se a si próprio com questões de diversa ordem, com as quais tropeça no seu dia-a-dia.
Num tempo como a atual, isto é cada vez menos frequente.
Somos diariamente confrontados com milhentos desafios, aos quais temos de dar resposta. Constantemente são colocados obstáculos no nosso caminho. Temos de os contornar para poder prosseguir. Precisamos de tempo para pensar e resolver os problemas. Se não formos inteligentes, não vamos conseguir lidar com a frustração.
A informação chega a uma velocidade louca, e damos mais importância à saúde e boa forma física, do que à boa forma emocional e intelectual. E ainda dentro dos mesmos tempos que correm sabemos quão importante é nas nossas vidas, a saúde mental e emocional. Sem ela não conseguimos controlar tudo o resto!
Essa mesma informação entra alucinadamente pelas nossas vidas adentro, através da rádio, televisão e internet. Não podemos evitar. Mas tanto entram como desaparecem do nosso horizonte! O nosso cérebro mal tem tempo para assimilar e processar todas as notícias que lhe caiem em cima. Com a pandemia, passou a falar-se mais da saúde mental.
Cuidar do corpo tornou-se moda. Os ginásios proliferam em todo o lado. E a mente? Sem um espírito forte, a corpo não vai aguentar. O corpo sucumbirá se não tiver uma mente forte como suporte. É a lei das coisas.
Quando falo da mente estou a pensar na cultura e de novas formas do conhecimento. É urgente exercitar o espírito. O exercício mental é um dos melhores antídotos para o Alzheimer, doença do esquecimento, onde os ficheiros das memórias vão sendo apagados lentamente.
É preciso encontrar formas de entretenimento, para serenar a busca incessante do porquê das coisas. A vida é feita de interrogações constantes.
O estudo dar-nos-á ferramentas para raciocinar e estimular a capacidade para vencer e remover todas as pedras que são colocadas no nosso percurso e assim ter sempre solução para os problemas da vida.


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  Tempos de Infância!
  Por: Mattusstyle em 27.08.2021 às 10:16

Eureka lembrei-me. Era um Chrysler! Aquele carro… É uma história mais ou menos antiga. Remonta aos primórdios da minha existência.
Eu era uma criança irrequieta e asneirenta. L’enfant terrible como dizem os franceses. Em muitas das minhas traquinices, havia um preço a pagar e era sempre muito doloroso.
Recebia por isso monstras e monumentais tareias. Apesar disso eu repetia muitas vezes. Só me lembrava do preço depois de feita. Quer dizer, não pedia orçamento… Pior para mim.
Numa dessas histórias onde o Chrysler é um dos protagonistas, aconteceu quando a minha idade oscilava entre os sete e os oito anos.
Não era único naquelas coisas que fazia nem exclusivo da minha pessoa. Os companheiros de infância, cujas idades andavam próximas umas das outras, eram como eu. A diferença eram os pais. O meu tinha a síndrome do autoritarismo. Tinha de ser obedecido sem condições prévias, tivesse razão ou não. Se não fosse como queria, batia até se cansar.
Eu e os ditos amigos de infância tínhamos uma mania em comum, por vezes um pouco perigosa: Apanhar boleia pendurados nas traseiras de camiões, carroças e carros de bois que se pusessem a jeito. Naquele tempo, era muito usual o transporte com carros puxados por bois ou vacas: Pipas de vinho, lenha, mato, palha, cereais e muitas outras coisas.
Um senhor nosso vizinho negociava em cereais. Tinha um camião médio onde os transportava. A garagem era duzentos ou trezentos metros depois de uma curva muito apertada. Tinha de abrandar para poder faze-la. Era o momento para nos pendurarmos na traseira e seguir aquela curta distância. Estas traquinices repetiam-se por muitos dias da semana.
Naquele tempo, os tamanhos e as distâncias eram sobredimensionados pelo nosso pequeno cérebro de criança.
Gosto de carros antigos. O gostar não custa dinheiro. Já o ter é outra história, e neste momento inalcançável. Optei pela primeira opção. Um destes dias num passeio de fim de tarde vi aquele carro antigo a circular. Carro mais que clássico. Um Chrysler com aqueles famosos guarda-lamas, grandes e largos! Fiquei fascinado e de olhos arregalados até ao cabelo! Perguntei-me: Como é possível! Aí ascendeu-se uma luz na minha cabeça e uma voz de mim para mim disse: Vou contar aquela história.
Três ou quatro daquelas crianças eu incluído, brincávamos à beira da estrada com uma bola rudimentar feita de papéis, quando passou um carro de bois de um dos lavradores daquela terra. Num impulso que já não era novo, saltamos para cima do carro. Lá fomos com eles para uma mata distante onde iam carregar mato. Eram cerca das quatro e meia da tarde.
Demoraram mais que aquilo que esperávamos. A noite apanhou-nos longe de casa. Eramos muito pequenos e não sabíamos o caminho para voltar. O medo da noite era um sentimento comum a todos nós. O medo em mim era a redobrar. Com toda a certeza que o meu pai já estava em casa. E eu não estava! Estava sim, a candidatar-me pela certa a uma monumental tareia. Não havia remédio senão esperar que os senhores voltassem. Voltaram já de noite!
Quando ia a entrar em casa, ouvi os gritos do meu pai a perguntar por mim. O medo aumentou não sei quantas vezes. Voltei para trás e reparei no Chrysler do meu progenitor. O primeiro senhor a ter carro naquela terra. Estava estacionado no fundo das escadas.
Quando tinha medo, o meu cérebro bloqueava e o corpo entorpecia. Naquele estado adormecia em qualquer lado. Eu era pequeno e franzino. Aqueles guarda-lamas eram enormes. Deitei-me no que estava mais distante das escadas e adormeci. Nunca cheguei a saber quanto tempo estive inerte naquele sono profundo. Sei apenas que acordei com uma algazarra maluca. Abri os olhos e vi muitos candeeiros portáteis e tochas a arder. Procuravam-me. Alguém me descobriu e gritou: Está aqui, está aqui!
Estava à espera das chapadas e dos pontapés do meu pai revoltado com aquela situação. Mas não. Naquele dia não aconteceu nada disso! A tareia ficaria para a próxima.
E foi assim.


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  Definições Definidas!
  Por: Mattusstyle em 26.08.2021 às 17:13

- Possivelmente: - É um não, com cinco sílabas.
- Prosperidade: - Aquilo que nos bastaria se o vizinho do lado não tivesse mais do que nós.
- Puberdade: - Época da vida durante a qual as crianças deixam de fazer perguntas e começam a por em causa as respostas.
- Velhice: - Período da vida durante o qual já não nos preocupamos onde a nossa mulher vai, desde que não nos obrigue a ir com ela.
- Sogra: - Pessoa que às vezes vai longe demais quando está demasiado perto.
- Segundo casamento: - O triunfo da esperança sobre a experiência.
- Verdade: - A primeira baixa em tempos de guerra.


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  É a vida!
  Por: Mattusstyle em 19.08.2021 às 11:34

Parafraseando Variações:

Quero viver,
Enquanto a vida durar
E a pandemia me deixar,
Quero é viver…

Amanhã, será um dia diferente,
E acredito piamente
Que assim será
E a esperança voltará.
A vida é assim,
Incerteza até ao fim.
E é esta novidade
Que se vai com a idade.

Ter sempre aquela riqueza
De acreditar na natureza
E do que está para vir.
O que interessa é existir.

Quero é viver,
A vida com qualidade,
Ter sempre a felicidade
E o mundo alegre ver!
Renovar o bem-estar
Do saudável conviver
Enquanto por cá andar.

É assim que quero viver.
O que eu quero é viver!...


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  Alimentação.
  Por: Mattusstyle em 12.08.2021 às 17:39

COMECE BEM O DIA
Se não se importa alguns conselhos:
Comer bem não é comer demasiado
Mas também não é "saltar" refeições.
O longo período de jejum durante a noite precisa ser compensado com um bom pequeno-almoço.
A refeição da manhã deve corresponder a um quarto (1/4) do total dos alimentos do dia.
ALGUMAS SUGESTÕES PARA UM BOM PEQUENO-ALMOÇO
Procurar incluir no pequeno-almoço estes alimentos:
- Leite ou iogurtes naturais
- Sumos de fruta ou fruta
- Pão, de preferência integral ou mistura, ou cereais com leite (flocos de aveia ou centeio ou outros flocos)
- Manteiga, queijo ou doce
- Ovos, dias alternados principalmente para crianças e jovens.
É muito saudável o hábito do pequeno-almoço "Primeiro Almoço" de garfo
Não se deve trocar por outro, mesmo que pareça mais moderno.
TER SEMPRE PRESENTE QUE OS ALIMENTOS FORNECEM:
- Energia para o trabalho
- Proteção contra as doenças
- Produtos para construir ou renovar o nosso corpo
- Líquidos para manter o organismo em bom funcionamento
O PEQUENO-ALMOÇO É IMPORTANTE EM TODAS AS IDADES.


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  Prisão Domiciliária.
  Por: Mattusstyle em 05.07.2021 às 15:38

Um dia qualquer deste Fevereiro do ano pandémico de 2021.
Maldito confinamento! O medo de sair e encontrar o inimigo microscópico à nossa espera prontinho a atacar, domina a nossa mente. Temos de ser pacientes, mas esta m*rda custa a passar e a espera é maior que a nossa paciência.
A busca incessante de afazeres e entretenimentos para salvaguardar o que resta da nossa sanidade mental é constante.
Olho pela janela e anseio por liberdade, essa liberdade que de certa maneira nunca me faltou e estou aqui em prisão domiciliária! O dia está lindo. Um sol tímido fez-se aparecer, mas segundo as notícias é sol de pouca dura, pois a chuva vai voltar para moer o nosso juízo e os ossos. É a p*ta da vida!
Uma gaivota e algumas pombas apareceram nos telhados das garagens, para uma saudável convivência com os gatos residentes. Quanto ao resto cada vez mais na mesma, quietude e silêncio. De quando-em-vez, uma ou outra pessoa sobe e desce as escadas do pequeno bosque atrás do prédio.
Uma suave brisa consegue bulir com as folhas das árvores de folha permanente. É o movimento mais constante que nos é dado observar. As de folha caduca, estão despidas, aliás, completamente nuas, hirtas e silenciosas, para não perturbar o silêncio ensurdecedor que nos rodeia. Nem as batidas das raquetes nos campos de ténis se conseguem ouvir!
As saídas possíveis, são umas fugidas aos estabelecimentos mais próximos. Há que ter coragem e resistir. Isto um dia vai passar.
Quer queira ou não, assisto quase todos os dias às aulas online da Professora Manuela. Nem sequer me consigo concentrar na leitura de qualquer livro! É uma “puita”.
Um vento suave mas frio penetra através da janela aberta e provoca-me um arrepio. Nem o tempo está para brincadeiras!
O tempo passa devagar mas passa. Sentimo-nos mais velhos do que realmente somos. Mesmo assim, a voragem do tempo não perdoa.
Os cafés e os descafeinados consomem-se mais que o habitual. Os passeios da cozinha para a sala e desta para os quartos, são os nossos exercícios diários.
O FM lá foi à sua vida. Cerca de 20 Km interpõem-se entre as nossas moradas.
Levantou voo e seguiu os ventos de mudança.
Pelo sim e pelo não, fui com a my wife dar um pequeno passeio higiénico à volta do estádio, para desenferrujar as pernas. Não é fácil, a oxidação já é muita.
Sinto uma necessidade enorme de ir até Vila do Conde ou Póvoa de Varzim para ver o mar que me acalma. Olhar aquela superfície líquida até à linha do horizonte, onde o céu se encontra com o mar e ficar uns minutos naquela contemplação relaxante. São destas pequenas e grandes coisas que sinto falta.
O sol tímido vai-se escondendo dando lugar a um tempo indefinido com uma aragem fria vinda do norte. É o que temos.
Minha gente. Abasteçam-se de uma boa dose de paciência e bom senso, que a bonança virá.
Um abraço solidário para todos os amigos, conhecidos e familiares.


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  Situação Surreal, Caricata e Estranha!
  Por: Mattusstyle em 23.07.2021 às 17:12

Em determinada altura do segundo semestre do ano de 2018, comecei a sentir dois dedos da mão esquerda dormentes, o mendinho e o anelar. Também algum formigueiro. Pensei inicialmente tratar-se de algo passageiro. Só que no dia seguinte estava igual.
Como na semana a seguir, tinha consulta marcada para o meu médico de família, resolvi aguardar para por o problema aquando da mesma. Na consulta, expus a situação e o médico mandou-me fazer um exame electro miográfico. Como em Guimarães ninguém tinha acordo com o SNS para este tipo de exames, tive de o fazer no hospital de Riba d’Ave, e que apenas consegui umas semanas depois, numa Quarta-feira dia 10.10.2018.
Foram-me detetados graves problemas no nervo cubito ou cubital a partir do cotovelo até à mão. Este nervo vem da cervical e controla os movimentos dos dedos entre outras coisas. Fui aconselhado a consultar rapidamente o meu médico de família.
A partir daqui, enfrentei demasiados problemas burocráticos, que no meu entender, não deviam acontecer se as pessoas com quem falei tivessem o mínimo de formação.
O exame terminou por volta das 15H00 e mais ou menos às 16H00 estava no Centro de Saúde da Amorosa em Guimarães, a tentar a consulta sugerida. Fui atendido por um dos funcionários que estava de serviço ao atendimento nesse dia e a essa hora. Tentei por todos os meios para que me marcasse a consulta o mais rápido possível para o meu médico de família, Nuno Namora. Por mais que argumentasse, não consegui convencer o funcionário. Dava sempre as mesmas razões e não saía dali! Os meus argumentos esbarravam num autêntico muro. A única coisa que me sugeriu foi que no dia seguinte muito cedo tentasse uma consulta na hora para um médico ao acaso que estivesse escalado nesse dia. Não tendo outra alternativa, assim fiz.
No dia seguinte, Quinta-feira, 8H00 – 11.10.2018, lá estava. Consegui a dita para as 9H15. Quem me calhou na rifa? O Dr. Vieira.
Antes uns minutinhos da hora fui chamado. Como penso ser habitual o doutor perguntou qual era o problema. Comecei a expor a minha situação mas não me deixou acabar. Fui interrompido de um forma exaltada, dizendo que não tinha de ser ele a atender-me, mas sim o meu médico de família, pois que se tratava de uma emergência, e porque teria de ser o meu médico, tanto que tinha sido ele a pedir o exame. Respondi-lhe que tinha feito de tudo mas não tinha conseguido. Acrescentei dizendo que talvez o sistema esteja errado.
Acalmou-se e pediu-me o relatório. Digitalizou-o e fez-me algumas perguntas escrevendo qualquer coisa no computador. Pensei de mim para mim: Vai encaminhar-me para um especialista. Nada de mais errado. Do nada, voltou aquelas palavras exaltadas e disse que não tinha de ser ele a fazer fosse e que fosse naquele processo e mandou-me sair. Praticamente fui corrido do seu consultório. Não fui corrido fisicamente aos pontapés, mas com as palavras que proferiu, deu no mesmo.
Dirigi-me novamente ao balcão e pedi para falar com o ou a responsável daquele centro de Saúde. Uma das funcionárias que estava no atendimento aos utentes naquela hora, 9H25 mais ou menos, respondeu-me que a responsável não estava naquele momento e que só ia lá de vez em quando. Pedi alguém que a substitui-se mas disseram que não havia mais ninguém e seriam eles funcionários do balcão a substitui-la. Deduzi que a diretora dirige aquele centro em part-time. Terá possivelmente outros empregos.
Perante a atitude do Dr. Vieira, boa ou má, mais me convenci que a razão estava do meu lado. Por isso insisti no sentido de me marcarem a dita consulta para o Dr. Nuno Namora o mais rápido possível, visto que a vaga possível seria para quase um mês depois. Os apelos voltaram a esbarrar naqueles muros, tal com tinha acontecido na véspera.
Perante tanta teimosia e incompreensão, senti-me impotente. Penso que não têm cultura nem formação suficientes para enfrentarem problemas que saiam fora da normalidade estabelecida. Ninguém lhe explicou que cada caso é um caso. Fui obrigado a dizer que não saía dali, enquanto não encontrassem uma solução razoável para o meu caso.
Possivelmente não são pagos para pensarem e tomarem decisões. A culpa é da responsável que devia estar presente para resolver casos complicados, que um simples funcionário não tem capacidade para tal.
Como fiquei ali à espera de uma decisão positiva, e a espera já era longa, uma das funcionárias, a que mais dava a cara e se achava cheia de razão, pediu-me o relatório e desapareceu com ele numa daquelas portas. Possivelmente fez o que devia ter feito logo de início. Falar ou ligar a alguém responsável. Passados uns minutos voltou. Entregou-me o relatório e disse que o Dr. Nuno Namora iria fazer o favor de me atender na Segunda-feira dia 15.10.2018. Afinal estava lá!... Que bom, vão fazer-me um grande favor. Deviam ter mais cuidado nas coisas que dizem. Eu estava convencido que acesso à saúde era um direito de cada cidadão! Naquele centro não deve ser assim. Ali fazem-se favores aos utentes. É a vida!
Peço a quem de direito para darem formação mínima aquele pessoal e informá-los que têm o dever de atender as pessoas e que não estão a fazer nenhum favor. Têm emprego e devem dar graças por isso. Disse emprego, já trabalho não sei!
Espero que situações como esta não se repitam, pois em nada abonam os serviços que prestam à população.
Passados alguns dias, o relatório fui enviado para o Hospital Senhora da Oliveiro e fui chamado para a respetiva consulta com um ortopedista. Foi marcada a cirurgia e fiquei em lista de espera.
Passados cerca de três meses, recebi uma carta para escolher entre dois hospitais: Riba d’Ave e Vila Verde. Escolhi Riba d’Ave por ser mais perto e data mais próxima.
Marquei e pouco tempo depois fui operado. Cerca de dois dias depois recebi uma carta oriunda do Hospital de Guimarães para uma consulta de ortopedia. E não era o mesmo médico. Pensei que seria para acompanhamento pós-operatório. A consulta estava marcada para as 11H00. Por sorte estive muito tempo sem precisar dos serviços do hospital e por conseguinte esbarrei com procedimentos com os quais não contava. Vi pessoas com papelinhos não mão aguardando a sua vez. Num daqueles balcões perguntei se era preciso e onde estava a máquina. A resposta: Por aí. Como não vi nada perguntei no balcão seguinte. Mesma resposta: Por aí. No terceiro a mesma coisa. De uma forma perentória exigi que me informasse como deve ser. Cumpriu.
Passava muito do meio-dia quando me chamaram. Para além do médico indicado na carta, havia outro gordo e balofo que se sentou ao computador. Pensei que o outro tivesse dificuldades informáticas.
Em uníssono perguntaram:
- Então quer ser cortado? Não sabiam que já tinha feito a cirurgia! Devem estar a brincar, pensei. Respondi da mesma maneira:
- Eu já fui cortado.
- Então não está aqui a fazer nada.
Eles tinha a obrigação de saber que me enviaram para outro hospital. Falta completa de controlo.
Como tinha o braço bastante negro devido à operação, atrevi-me a perguntar se aquilo era normal. Novamente em uníssono:
- Vá onde foi cortado. Textual!
Fiquei chocado e nem reagi. Comecei a ferver por dentro e saí dali o quanto antes. Tive receio da minha reação.
Uns tempos depois encontrei por acaso no Hospital da Luz (privado) o médico gordo e balofo a destilar simpatia para cima de doentes! No privado há regras de educação. Mas não deixei de pensar: Olha-me este!... Ali ganhava dinheiro extra e não era pouco! O tempo foi passando e acontece a pandemia covid 19. De repente toda esta gente viraram heróis. Ironias da vida e do destino! Uns por merecimento e outros foram rotulados no mesmo pacote.


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  Otelo - Uma Fraude!
  Por: Mattusstyle em 06.07.2021 às 16:27


O Otelo Saraiva de Carvalho foi uma fraude!
Quando chefe do COPCON, passou mandatos em branco para os seus apaniguados prenderem pessoas e lhes roubarem as casas. Aconteceu a um casal que conheci que vivia em Santo António dos Cavaleiros.
Quando chefe da FP’S 25 de Abril participou em atentados que mataram gente incluindo crianças.
A única coisa boa que fez foi abrir caminho para o 25 de Novembro. Este sim, o verdadeiro dia da liberdade.
Quis tirar proveito próprio do 25 de Abril de 1974, para si e para os comunistas!
Em Angola o seu amigo pessoal Rosa Coutinho, outro que tal, lutou ao lado do MPLA contra os poucos portugueses que ainda lá estavam. Tinha pressa de entregar aquilo, e a pressa nunca foi boa conselheira. Tudo isto foi mau também para os angolanos.
Anda essa gentalha e o que resta dela, armados em heróis!...
Ainda não vi nem ouvi os partidos de esquerda, que tanto clamam por liberdade, condenarem o que se passa em Cuba e na Venezuela! Porque será?
A noção que eles tem de liberdade é muito distorcida! Não se pode confiar nesta gente. Muitos portugueses andam a dormir. Ou deixarem que lhes lavassem o cérebro!
São uma cambada de hipócritas. Acordem portugueses.
Autor…


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  Música e Memória - A minha escolha
  Por: Mattusstyle em 26.02.2021 às 10:10

O Santana que foi uma das minhas referências em termos de música. O Santana improvisa e eu gosto de jazz. Digo isto porque o Santana improvisa bastante.
Os Bee Gees: A história fantástica no mundo da música dos irmãos Gibb. O Barry Gibb e as canções lindíssimas que cantou com Barbra Streisand. O Maurice e o Robin já faleceram. Do trio maravilha só resta o Barry.
As restantes músicas foram-no sendo através dos tempos referências e preferências minhas. Há muitos vídeos para recordar, mas não posso recorrer a todos dos que gosto, porque são muitos e variados.
Muitas e muitas músicas foram marcantes para mim. Sempre gostei de música e de dança. A dança precisa de música e sem música não há dança!
Nos primeiros tempos foram umas, depois foram outras que refinaram e alteraram ligeiramente os meus gostos e preferências.
Não posso deixar de falar nos Scorpions. Foi uma banda que me marcou logo que apareceu, pela sonoridade, pelos temas que cantavam, pela voz do vocalista, pelo virtuosismo do seu guitarrista principal. Mas principalmente pelas suas baladas fenomenais! Aliás, as melhores baladas foram compostas e cantadas por grupos rock.
O até hoje fenómeno os Pink Floyd. A música proibida e por isso mais apetecida, como por exemplo “The Wall”. As montagens espetaculares dos seus concertos.
Tantas outras que foram sucessos de todos os tempos, mas que a memória me atraiçoa.
Os ritmos angolanos que me entraram no sangue sem pedir licença que por cá ficaram, e até hoje deixaram esse gostinho e a saudade daquelas farras animadas que iam até às tantas da matina”. O Duo Ouro Negro e os tempos de Angola. África e os seus ritmos quentes.
O Alfredo Marceneiro e o fado castiço. O chouriço assado, os “jaquinzinhos” e o copo de 3 tinto. Tudo isto é fado.
O Joselito da minha infância. Aquela criança com uma voz incrível! Revíamo-nos naquele menino.
O Eric Clapton com o Santana. Os dois virtuosos da guitarra.
A Lenda da Fonte. A saudade e o dramatismo tipicamente português. O fado é único.
As músicas típicas do interior sul-americano, os Pan Pipes, conhecida por Pan Flute World Music, que entrou suavemente no corpo e alma das gentes.
Os bailes e as farras daqueles tempos com os The Square Set e a música That´s What I Want.
A orquestra James Last e os sucessos musicais de todos os tempos.
A minha cultura musical vai para além disto, mas tive de ir pelas mais emblemáticas, que por um ou outro motivo foram marcantes na minha vida.
Espero que gostem e saudações musicais.


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  Zullu - O caozinho Shar Pei!
  Por: Mattusstyle em 18.07.2021 às 21:38

Mas quem é afinal este Zullu?
O melhor é ser ele próprio a contar a sua história.
Então aqui vai.
Olá, eu sou o Zullu e esta é a minha história!
Vou contar a minha história na primeira pessoa. Pessoa? Mas eu sou um cão! Não interessa, façam de conta que sou gente. Por vezes tenho a mania que sou mesmo gente e comporto-me como qualquer pessoa!
Nasci na Praia da Madalena em Vila Nova de Gaia e fiz parte duma ninhada de 4 filhotes da minha mãe "Mariaa".
A minha origem é incerta. Posso ser um descendente do Chow-Chow, a quem me assemelho pela "língua azul". Há quem diga que surgi inicialmente no Tibete ou no Norte da China há 20 séculos, sendo que os primeiros exemplares da minha raça eram bem maiores do que sou atualmente.
Fomos perdendo físico na década de 40, por causa da fome devido à revolução comunista de Mao Tse Tung em 1949.
Nessa época, a nossa raça quase foi extinta. O Mao achava que era um luxo ter cães de estimação e mandava castigar os nossos donos por nos possuírem. Só tinham direito de existir os cães trabalhadores. A maioria dos meus antepassados viraram alimento para o povo esfomeado.
Tenho uma aparência exótica e bastante singular. Sou um cão compacto, de estatura média e forte. Sou pouco ágil porque não faço ginástica. Estou sempre em casa! Tenho pele solta e pregas no corpo. Quando era pequeno tinha mais. As minhas orelhas são pequenas e caídas para baixo, tapando os orifícios dos ouvidos, o que não é bom porque ganho otites. Não arejam!
Tenho pelo curto. Pareço triste mas sou alegre, calmo, tranquilo e muito meigo. Relaciono-me bem com as pessoas. Não gosto de alguns cães porque me roncam. Ninguém gosta que lhe ronquem, nem mesmo as pessoas! Sou um pouco cabeçudo. As rugas da cabeça já me causaram problemas. Tive o entrópio. As rugas entram nos olhos e fazem lesões na retina. Tive de ser operado aos olhos!
Como entrei na vida dos meus donos.
Quando o meu dono, o F. M., fez dezanove anos, a mãe dele, queria dar-lhe uma prenda e ele foi dizendo que mão queria nada. Como ela foi insistindo, acabou por dizer que há muito tempo tinha um sonho de um dia ter um cãozinho Shar pei. Visto que tinha insistido tanto, não teve coragem para recusar.
Pelos vistos ele já tinha o site sobre mim e meus irmãos debaixo de olho. Mal conseguiu o sim, a primeira coisa que fez, foi mostrar o site e respetivo vídeo comigo e os outros meus três irmãos ainda bebés. Todos ficaram apaixonados.
Depois de combinarem através de mail, lá foi ele, namorada e os pais para me verem. Foi um aaaaaaaaaaaah!... Quando me viram!
Mas que coisa linda!... - Exclamaram todos. Só pude ficar vaidoso. Não me puderam trazer logo, mas uma coisa era garantida, tinha-lhes caído no goto!
No dia marcado foram-me buscar. Tinha pouco mais de um mês. Era muito pequenino e cabia perfeitamente numa caixa de sapatos, e não era preciso ser um número muito grande! Vim no banco de trás do carro amparado pela namorada do meu dono. Quase desaparecia nas pregas do cobertor onde vinha aconchegado!
A minha história continua...
Entretanto o tempo foi passando e com ele vieram doenças quase todas de origem genética. Parece que a minha existência foi manipulada em laboratório. Nem tudo correu bem.
O equilíbrio entre a doença e a cura era muito ténue. Os medicamentos faziam muito mal, mas sem eles a doença galopava. Foi-me aguentando até próximo da velhice, mas um dia senti-me muito mal e com muitas dores principalmente nos ossos. Deixei de comer e o andar era com muita dificuldade. Não restou alternativa ao meu dono senão ajudar-me a morrer. Fui um cãozinho desejado, amado e acarinhado e apesar de tudo fui feliz. Tudo tem um fim e eu tive o meu. Um abraço canino.


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  Chove Chuva!...
  Por: Mattusstyle em 13.06.2021 às 18:15

Chove chuva na natureza e na alma dos portugueses.
Chove chuva, chove sem parar!
Chove realmente intensamente. Chuva tocada a vento que pouco falta para cair na horizontal! Bate com violência na vidraça, fustiga as árvores e encharca o chão.
Olho esta bátega a cair e penso que será uma nuvem bem carregada a passar. Não estamos em tempo desta carga de água!
Enquanto reparo neste temporal, vieram-me ao pensamento as ultimas notícias: O ministro Cabrita prepara-se para culpar a PSP pelos acontecimentos junto ao estádio de Alvalade. Como se não estivessem lá às ordens dele! O governo vai lançar as culpas da sua incompetência para cima do “mexilhão”. É sempre assim, o mexilhão é que paga!
O povo tem de acordar. Notícias dão conta que sondagens dão vitória a este governo caso as eleições fossem agora. Haja paciência! Não podemos aguentar mais quatro anos estes corruptos todos. Este Kosta está a cumprir à risca o que fez o Sokras.
A chuva abrandou e voltou a acelerar. Estamos nisto.
A Ana Gomes anda desesperada. Quando estava no PS fazia o que queria, como todos os atuais PS’S. Aliás, com este governo estamos mais numa ditadura que num país democrático. Aquela senhora já começou a sentir que o poder lhe fugiu debaixo dos pés. E então dispara em vários sentidos. Quer ilegalizar partidos que lhe façam frente. O pluralismo político não é para ela. Por outro lado anda numa luta esganiçada para legalizar a pirataria informática. Assim como os seus amigos do PS querem legalizar a corrupção.
No caso da pirataria, o pirata Rui Pinto é um exemplo flagrante. Para ela está tudo bem quando assaltas os sistemas informáticos de qualquer pessoa ou empresa, desde que encontres algo que os incrimine. Não devia ser assim. Reduzir-lhe a pena talvez mas se colaborar com a justiça. Se bem que a justiça que temos não é de confiança.
Enfim, estamos entregues aos lobos. Pobres de nós. Somos tão brandos e pacíficos que mete dó. O que é demais é erro!
Deus nos salve destes comilões que só largam o taxo quando nada sobrar!


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  Vil Agressão!
  Por: Mattusstyle em 02.03.2021 às 19:36

Um trabalhador da TVI foi agredido por elementos ligados ao FCP após o jogo com o Moreirense, quando filmava no exercício da sua profissão.
O presidente do Porto deu início ao mote. Foi tirar satisfações por aquele estar a gravar. O senhor Pinto da Costa só quis ser simpático coitadinho! Foi-lhe perguntar se queria uma bebidinha quente, um café ou um capuchino, ele próprio lha iria buscar. Estava uma noite fresca e talvez precisasse. Abriu caminho para o empresário seu amigo fazer o resto: Agredir e tentar impedir que continuasse a filmar.
Todo o mundo viu as imagens nas várias televisões. O senhor Pinto da Costa foi espetador privilegiado de toda a cena, aliás foi ele que a iniciou, mas diz que não viu nada, que não ouviu nada, que não sabe de nada! Só faltou dizer que não conhece o empresário Pedro Pinho de lado nenhum. Deve ter cataratas nos olhos, problemas de otorrino e sintomas de Alzheimer. Com a idade que tem, estas doenças são possíveis.
Tenho a sensação que ninguém vai ser castigado. Apenas o Sérgio Conceição e o Pedro Pinho é que vão pagar por todos os outros. Solidariedade…
Ah já me esquecia, o Vítor Baía foi o único. Um autêntico senhor!
Estas impunidades da maioria dos agentes desportivos deixam-me pasmado.
Não consigo entender porque se expôs publicamente daquela maneira o senhor Pinto da Costa, num ato tão condenável, quando era habitual gente dos superdragões a fazerem o seu trabalho sujo! Não tinha necessidade. Agora tem o Pedro Pinho.
Nos dias seguintes, os comentadores afetos ao FCP nos painéis televisivos e nos jornais, só falaram das incidências do jogo e dos penaltis não marcados a favor do Porto. Da agressão nada!
Quanto às penalidades, isto tinha de acontecer um dia. Tantas marcadas no último segundo, tantos mergulhos para a piscina e tantas simulações, que os árbitros ficaram avisados. É como a história do lobo. Tanto gritou por socorro sendo mentira que um dia era verdade e ninguém o socorreu. Quando não ganham é sempre este chinfrim. São sempre vitimas. Já ninguém acredita.
Não sei se ainda há hipóteses deles contratarem o Rui Pinto para engendrar uma intentona informática qualquer contra o Sporting, como foi a história dos e-mails do Benfica, para impedir que os leões ganhem o campeonato. O inimigo agora é outro. Talvez não haja tempo.
Peço desculpa aos portistas não fanáticos que são muitos.


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  A Soma Pandémica dos dias!
  Por: Mattusstyle em 22.04.2021 às 16:02

Durante alguns minutos, o Senhor Crispim olhou para o prédio em frente. A circulação de veículos na avenida era diminuta. Pela expressão, não viu nada que lhe interessasse.
Uns minutos depois sentou-se na esplanada. A empregada aproximou-se e antes que chegasse perto de si, pediu um fino. Estava um calor muito abafado e ele tinha sede. Aquele calor incomodava-o.
Tirou o telemóvel do bolso e correu o dedo no ecrã a ver fotografias da sua Harley-Davidson. Afinal recuperou-a!
Do nada começou a chover. Ainda apanhou umas pingas grossas e apressou-se a ir para dentro. Tinha de se proteger daquela chuva que apareceu sem avisar.
Uma jovem morena de meia altura entrou atrás dele. Era bonita e usava uns óculos Ray-Ban.
- Olá Senhor Crispim!
Levantou a cabeça, olhou para ela mas não a reconheceu!
- Olá, conheço-a?
- Sou a Celeste. Fui sua vizinha. Não se lembra de mim?
- Ah sim, aquela miúda?...
- Sim, sou eu.
- Está uma autêntica mulher! Esta juventude faz-me sentir velho. O tempo passa!
- O senhor não está velho. Apenas um pouco usado, mas velho não!
- Simpatia a sua.
- Como está?
- Olhe menina, estou sentado.
- Queria dizer como está de saúde?
- Estou bem. Em relação à pandemia, tenho passado por entre os pingos da chuva. E a sua família como é que está, menina?
- Está bem, exceto o meu pai que esteve internado vinte e dois dias com covid. Ainda tem problemas por causa disso!
- Oiça menina… Celeste, esta pandemia está a somar demasiados dias à sua existência. Esta vaga infeciosa que veio do oriente está a tomar conta das nossas vidas e da vida das gentes de todo o mundo. Este maldito inimigo invisível a olho nu, declarou guerra aos povos, que foram apanhados desprevenidos!
- O que faz agora, senhor Crispim?
- Ó menina, com esta idade não faço nada. Quer dizer, como, bebo e dou umas longas voltas com a minha Harley-Davidson.
- O que é isso?
- É uma moto. A minha amante. É por causa dela que não apanho o covid, devido à deslocação do ar o vírus não consegue agarrar-se. Estou a brincar.
- Bem me parece.
- Tenho coisas que toda a gente tem. Mas esta dor na região das têmporas é só minha! Quando me sinto abatido, pego na moto e lá vou eu como se fosse um cavalo branco à desfilada. É a vida!
- Ouvi dizer que o senhor escreve muito bem.
- Umas coisitas. Apenas uns artigozitos para o jornal da terra. Por falar nisso, ouça esta: - Puxou de um guardanapo e começou a ler.

O OLHAR DE MIM
Olho no espelho e não gosto,
O tempo passou por mim,
Não vi bem mas quase aposto
Que vi rugas no meu rosto
Devo estar perto do fim!

A juventude voou,
O mesmo eu já não sou.
Mordisco a minha pele
Para saber se sou aquele
Do tempo que já passou.

Na pacatez e quietude
Vou lembrando amiúde
Aquela vida apaixonada,
Que corria exaltada
Quando imperava a saúde.

Ainda estou para as curvas
Sem conversas absurdas
Que atrapalham o caminho.
Com calma e de mansinho
Levo a água ao meu moinho
Vencendo as águas turvas.

Crispim
- Está bonito! Sempre é verdade o que me disseram! Está na hora. Tenho de ir senhor Crispim. Até qualquer dia.
- Até qualquer dia e cumprimentos à sua família.
- Serão entregues, obrigada.
E foi-se. O senhor Crispim voltou ao seu telemóvel e às fotografias. Pouco depois levantou-se e saiu.
Colocou o capacete e partiu no seu cavalo branco, quer dizer, Harley-Davidson.


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