TERRAS DE LANHOSO
(Pedaços de História)


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TERRAS DE LANHOSO

Por MattusStyle em 23.02.2019 às 11:17

Terras de Lanhoso - Pedaços de História


As terras de Lanhoso são habitadas há mais de três mil anos antes de Cristo.
Junto à Vila, está situado o Castelo no cimo de um penedo monólito de granito, o maior da Península Ibérica. Na encosta do Monte do Pilar nos acessos ao Castelo, encontram-se castros ibero-celtas romanizados, que remontam à idade do cobre.
O valor histórico do concelho é imenso. Foi o local onde, diz a lenda, que D. Afonso Henriques prendeu a própria mãe após a vitória na batalha de S. Mamede.
Em 1292, D. Diniz, passou a foral estas Terras, e em 1514 foi renovado o foral pelo Rei D. Manuel I em 4 de Janeiro.
Corria o ano de 1846 numa linda Primavera, quando Maria da Fonte começou a revolução conhecida pelo seu nome. Esta revolução da Maria da Fonte, partiu por não aceitarem a nova lei que proibia que enterrassem os mortos dentro das igrejas. Alastrou-se por todo o país e provocou as mudanças no governo.
Não só a Maria da Fonte mas também muitas outras figuras importantes do país, têm a sua origam nestas terras.
O concelho da Póvoa de Lanhoso tem muitas freguesias: Águas Santas, Moure, Calvos, Frades, Campos, Louredo, Covelas, Esperança, Brunhais, Ferreiros, Fonte Arcada, Oliveira, Galegos, Garfe, Geraz do Minho, Lanhoso, Monsul, Senhora do Amparo (Vila), Rendufinho, Santo Emilião, S. João de Rei, Serzedelo, Sobradelo da Goma, Taíde, Travassos, Verim, Friande, Ajude e Vilela.
Monumentos mais conhecidos: Castelo de Lanhoso no Monte do Pilar, Ponte de Mem Gutierres em Esperança, Mosteiro de Fonte Arcada, Museu do Ouro em Travassos, e Casa da Botica no centro da Vila. A Póvoa de Lanhos destaca-se pela rica gastronomia minhota. Entre outros pratos, o cabrito à S. José.
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Castelo de Lanhoso


O Castelo de Lanhoso, também conhecido como Castelo da Póvoa de Lanhoso, localiza-se na periferia da vila, sede de concelho. O tempo descaraterizou-o, mas ainda consegue ser entre outros dos mais imponentes castelos de Portugal. Em dez anos contabilizou mais de cem mil visitantes, inserido no circuito turístico regional.
Foi erguido no cimo do Monte do Pilar – o maior monólito granítico do país e da península Ibérica. Situa-se geograficamente entre os vales dos rios Ave e Cávado.
Dentro dos muros do Castelo, foi construído um santuário (Nossa Senhora do Pilar) utilizando as pedras da antiga muralha. Na encosta nos acessos ao mesmo, há vestígios de castros ibero-celtas romanizados. Segundo a tradição, a condessa D. Teresa de Leão, mãe de D. Afonso Henriques se refugiou neste Castelo.
Durante o século XIII, o castelo foi palco de um terrível crime passional: O seu alcaide, D. Rui Gonçalves de Pereira, tetravô do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que se encontrava fora, ao se inteirar da infidelidade conjugal de sua esposa, Inês Sanches, enamorada de um frade do mosteiro de Bouro, retornou e, fechando-lhe as portas, ordenou que se incendiasse a alcáçova, provocando com isso a morte da infiel e seu amante, bem como dos serviçais, que implicou como cúmplices por não terem denunciado o fato. Os antigos relatos referem que ninguém escapou com vida do incêndio, sequer os animais domésticos.
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Igreja de Fonte Arcada


A igreja matriz de Fonte Arcada, também referida como de S. Salvador, está situada no lugar do Mosteiro da dita freguesia. Também conhecida por Mosteiro, devido ao facto de ter sido construída nesse lugar em 1067.
Mosteiro beneditino de S. Salvador, por doação de D. Godinho Fafes. A comunidade beneditina extinguiu-se no século XV e atualmente nada resta das antigas instalações conventuais.
Remonta aos finais do século XIII a construção da igreja. Nessa altura os frades beneditinos travaram disputas com fidalgos das vizinhanças devido a direitos senhoriais.
Durante o século XVI, a igreja foi restaurada. É atualmente classificada de Monumento Nacional.
A sua arquitetura é de origem românica, e ainda mantém alguns desses traços.
O piso interior, ainda hoje mantém as marcas das sepulturas, cujos mortos eram enterrados nas igrejas.
Olhando de frente, temos à nossa esquerda a torre sineira que é posterior ao restante corpo românico.
No interior tem uma nave única sobre a qual está um teto de madeira.
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Casa de Trabalho de Fonte Arcada


Outrora chamada de “Proteção”, iniciou a sua atividade na freguesia, corria o ano de 1939, começando por recolher uma menina órfã em casa de D. Conceição de Jesus Almeida (para criada de servir) como se dizia na época.
A fundação da referida “Proteção”, coube ao padre David Rodrigues Novais (1906-1978), pároco da freguesia, que seria o futuro presidente da organização que geria a casa. A dita organização começou por ter o nome de “Obra do Resgate de Menores de Fontarcada”.
O estabelecimento ministrava preparação para a vida doméstica e de tear, visto que a maioria delas acabavam por trabalhar em casas senhoriais em atividades domésticas e fabrico de mantas a partir de desperdícios. O pagamento pelo seu trabalho era recolhido pelo padre David Novais para aplicar na referida "Proteção".
D. Conceição de Jesus Almeida prestava colaboração assídua e generosa e em 1951, doou consciente ou inconscientemente a sua propriedade àquela instituição, onde atualmente está o estabelecimento. Diziam as más-línguas, que foi permuta no confessionário por um lugar garantido no céu quando morresse. (Fé, fanatismo, crendice, ignorância, medo do inferno, vulnerável...).
Nos finais dos anos 80 foi orientada pelo reverendo Padre Manuel Magalhães dos Santos, que alargou os seus serviços, incluindo atividades ocupacionais.
Esta casa tem 80 anos de existência (1939-2019).
Já não está como quando da sua fundação ao serviço das famílias menos afortunadas, mas sim para aqueles que podem pagar e bem para poderem lá ter os seus entes queridos. É a lei dos tempos.
Na atualidade, um neto da D. Conceição de Jesus Almeida, é um importante empresário da freguesia de Fonte Arcada.
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Ponte Mem Gutierres


A ponte de Mem Gutierres também chamada de Ponte Domingos Terna ou ainda Ponte de Esperança, está construída sobro o rio Ave naquela freguesia da Póvoa de Lanhoso. O provável construtor foi Domingos Terna. É caraterizada por uma ponte de perfil em cavalete, que assenta sobre um arco de volta quebrada, apoiada em pilares muito sólidos, e é formada por aduelas compridas e estreitas. Os pilares da mesma começam diretamente das margens. Duas fiadas de pedras assentes na horizontal são os guardas do seu tabuleiro. A arquitetura é simples mas muito robusta. A base da sua construção, assenta em estruturas antigas e foi classificada como Monumento Nacional em 1910.
Está inserida nas Terras de Lanhoso e o território está situado entre as margens esquerda do Cávado e direita do Ave.
Estão associadas à ponte Mem Gutierres lendas antigas, atribuindo-lhe o poder em fertilizar o ventre das mulheres. Estas lançavam da ponte as suas oferendas acompanhadas dos respetivos pedidos.
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Museu do Ouro


A atividade do fabrico do ouro na Freguesia de Travassos – Póvoa de Lanhoso, perde-se no tempo. Esta tradição vem de tempos ancestrais, inicialmente de uma forma artesanal e mais recentemente há uns largos anos a esta parte de uma forma industrial. Esta arte estava concentrada em Travassos mas mais recentemente alastrou para freguesias vizinhas, principalmente para Sobradelo da Goma.
O fabrico de peças deste material precioso iniciou-se nesta região há longos anos. Aqui nasceu a ourivesaria em Portugal. Todas ou quase todas as famílias estão ou estiveram ligadas a esta atividade. Alguém destas terras levou este ofício para Gondomar – distrito do Porto, onde se desenvolveu mais, devido à facilidade das vias de comunicação.
Apesar do trabalho do ouro estar bastante industrializado, persistem ainda cerca de quatro dezenas de oficinas tradicionais. Para esse fim, as casas em Travassos foram construídas com amplas janelas quadrangulares voltadas para sul para o aproveitamento da luz natural, demasiado necessário para o trabalho minucioso da filigrana. É bem visível a quem visita aqueles lugares.
O Museu do Ouro de Travassos, pretende promover e perpetuar no tempo a identidade de uma comunidade ligada ao trabalho do ouro, que atravessa os tempos e já faz parte da história daquele metal. Dos esforços persistentes do Sr. Francisco de Carvalho e Sousa, nasceu o Museu. Este Senhor foi recolhendo objetos de vária ordem ligados à àquela arte, ao longo da sua atividade com ourives.
As letras em ferro forjado na parte exterior do Museu naquelas paredes antigas em granito são da autoria de um artista serralheiro exímio a trabalhar o ferro, de seu nome Armando Matos.
O Museu do Ouro de Travassos foi inaugurado em 2001 e surge como resultado de um processo de valorização e de dignificação do trabalho artesanal do ouro. Travassos e Sobradelo da Goma são hoje, pelas suas características, "museus vivos" de ourivesaria. Os seus artífices fizeram destes locais, autênticas "aldeias oficinas"
A arte da filigrana tem em Travassos uma importância especial, pela sua qualidade e pelo grande número de pessoas que se dedicam a esta atividade.
Para além de musealizar, dinamizar as oficinas ainda em laboração e colaborar na recuperação das que se encontram em ruínas, o Museu do Ouro pretende tornar-se uma instituição ativa, ao serviço da comunidade que lhe deu origem, e nela criando um polo dinamizador da região e do respetivo saber tradicional, dirigido a uma ampla região e a públicos diversificados.
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